Invertebrados marinhos como biomarcadores de fármacos

Autores

  • Eduardo Gomes da Silva Gomes Silva Universidade Metropolitana de Santos (Unicesumar)
  • Maria Claudia Colla Ruvolo Takasusuki Ruvolo Colla Universidade Estadual de Maringa

DOI:

https://doi.org/10.36560/14520211278

Palavras-chave:

Avaliação ambiental, Ecossistemas aquáticos, Marcadores biológicos, Poluição.

Resumo

Os ecossistemas de uma forma geral vêm sofrendo um crescente aumento no processo de contaminação por poluentes e fármacos oriundos de atividades agrícolas, urbanas e industriais. A mensuração dos principias contaminantes no meio ambiente depende de vários fatores, onde a principal preocupação é com os efeitos que essas substâncias e medicamentos podem causar nas espécies ambientais, principalmente os invertebrados marinhos, de forma a prejudicar o ecossistema como todo. Com base nesses problemas, existem os biomarcadores que constituem uma abordagem eficiente nos estudos nas avaliações dos impactos ambientais, identificando efeitos reais que estão ocorrendo em seres vivos expostos a ambientes poluídos. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi analisar dados, baseando-se em revisão de literatura sobre invertebrados marinhos como biomarcadores de fármacos. Para o alcance do objetivo desse trabalho, a metodologia utilizada foi a pesquisa exploratória, tendo como coleta de dados o levantamento bibliográfico. A escolha do tema justifica-se por refletir a importância da preocupação com o meio ambiente e principalmente com as espécies presentes no ambiente aquático, devido à sua vulnerabilidade pela exposição a diversos produtos e substâncias que podem comprometer a viabilidade desses organismos. Buscou-se com esse estudo auxiliar a população sobre a importância da preocupação com os invertebrados marinhos e da exposição deles com fármacos e substâncias que podem causar danos não somente a eles, mas em todo meio ambiente.

Referências

ALENCAR, T.O.S., et al. Descarte de medicamentos: uma análise da prática no Programa de Saúde da Família. Ciência & Saúde Coletiva, v. 19, n. 7, p. 2157-2166, 2014.

ARCHER, E., et al. The fate of pharmaceuticals and personal care products (PPCPs), endocrine disrupting contaminants (EDCs), metabolites and illicit drugs in a WWTW and environmental waters, Chemosphere, v. 174, p. 437 – 446, 2017.

ÃVILA, C. et al. Attenuation of emerging organic contaminants in a hybrid constructed wetland system under different hydraulic loading rates and their associated toxicological effects in wastewater, Science of The Total Environment, v. 1, p. 1272-1280, 2014.

BIRCH, G.F., et al. 2015. Emerging contaminants (pharmaceuticals, personal care products, a food additive and pesticides) in waters of Sydney estuary, Austrália. Mar. Pollut. Bull., v 97, pp 56–66, 2015.

BLANCHETTE, B., et al. Marine Glutathione S –Transferases. Marine biotechnology, v. l9, p. 513–542, 2007.

COIMBRA, R. S. C. Biomarcadores como ferramentas na avaliação da qualidade do pescado contaminado com metais traço. Boletim do Observatório Ambiental Alberto Ribeiro Lamego, Campos dos Goytacazes/RJ, v. 7 n. 1, p. 153-172, jan. / jun. 2013.

CUNNINGHAM, V.L., et al. Environmental risk assessment of paroxetine. Environ. Sci. Technol. v. 38, p. 3351-3359, 2004.

CHEN, H., et al. Effects of fluoxetine on behavior, antioxidant enzyme systems, and multixenobiotic resistance in the Asian clam Corbicula fluminea. Chemosphere, v. 119, p 856–862, 2015.

CRUZ, R.M.; et al. Investigação dos medicamentos comercializados nas drogarias e a conduta quanto a política de descarte. Anais do Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da UEG, v. 3, 2016.

DAUGHTON, C. G. Pharmaceuticals and the Environment (PiE): Evolution and impact of the published literature revealed by bibliometric analysis. Science of the Total Environment, v. 562, p. 391-426, 2016.

FAWELL, J.; ONG, C. N. Emerging Contaminants and the Implications for Drinking Water. International Journal of Water Resources Development, v. 28, n. 2, p.247-263, 2012.

FENT, K. Ecotoxicological effects at contaminated sites. Toxicology, 205:223-240, 2004.

FERRREIRA, M.S.; et al.2013. Contaminação por metais traços em mexilhões Perna perna da costa brasileira. Ciência Rural: Santa Maria, v.43, n.6, p.1012-1020, 2013.

FILHO et al. Avaliação de biomarcadores histológicos em peixes coletados a montante e a jusante da mancha urbana. Asa, São Paulo, v. 2, n. 1, p. 9-22, Jan/abr. 2014.

GAVRILESCU, M. et al. Emerging pollutants in the environment: present and future challenges in biomonitoring, ecological risks and bioremediation. New Biotechnology, v. 32, n. 1, p. 147–156, 2015

GESTEL, C. A. M.; BRUMMELEN, T. C. Incorporation of the biomarker concept in Ecotoxicology calls for a redefinition of terms. Ecotoxicology, v. 5, n. 4, 217–225pp, 1996.

GOU, J.; et al. Effect of high pressure processing on the quality of squid (Todarodes pacificus) during refrigerated storage. Food Chemistry, v.119, p. 471-476, 2010.

GRACIANI, F.S; FERREIRA, G.L.B.V. Impacto ambiental de los medicamentos y suregulaciónen Brasil. Rev Cubana de Salud Pública: 40(2):268-273, 2014.

IOB, G.A.; et al. Análise da forma de descarte de medicamentos por usuários de uma Unidade de Saúde no município de Porto Alegre/RS. Rev. Inf. Ciênc. Farm., v. 25, n. 3, p. 118-124, 2013.

JACOBSON, M. Atmospheric pollution. Cambridge University Press, London, 339pp. 2000.

JONES, O. A. H. et al. Potential impact of pharmaceuticals on environmental health, Bulletin of the World Health Organization, v. 81, nº 10, 2003.

KÄFFER, M. I. Biomonitoramento da qualidade do ar com uso de liquens na cidade de Porto Alegre, RS. Tese de Doutorado em Ecologia. Instituto de Biociências. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. 2011.

KAY, D.; et al.2008. Results of field investigations into the impact of intermittent sewage discharges on the microbiological quality of wild mussels (Mytilus edulis) in a tidal estuary. Water Research, v.41, p.3033- 3046, 2008.

KUMMERER, K. The presence of pharmaceuticals in the environment due to human use – presente knowledge and future challenges. Journal of Environmental Management, 90: 2354-2366, 2009.

LACAZE, E., et al. Linking genotoxic responses in Gammarus fossarum germ cells with reproduction impairment, using the Comet assay. Environ. Res. v. 111, p. 626-634, 2011.

MACHADO, A. A. O local e o global na estrutura da Política Ambiental Internacional: a construção social do acidente químico ampliado de Bhopal e da convenção da OIT. Contexto Internacional, v. 28, n. 1, p. 8-51, 2006.

MAGALHAES, D. P.; FILHO, A. S. F. A ecotoxicologia como ferramenta no biomonitoramento de ecossistemas aquáticos. Oecol. Bras. v.12, 355-381pp. 2008.

MILAN, M., et al. Gene transcription and biomarker responses in the clam Ruditapes philippinarum after exposure to ibuprofen. Aqua. Toxicol. v. 126, p. 17 - 29, 2013.

MUCELIN, C.A.; BELLINI, M. Lixo e impactos ambientais perceptíveis no ecossistema urbano: Sociedade & Natureza. Uberlândia. v. 20, n. 1, p. 111 – 124, 2008.

NUNES, B. et al. Biochemical and standard toxic effects of acetaminophen on the macrophyte species Lemna minor and Lemna gibba, Environmental Science and Pollution Research, vol. 21, nº 18, pp. 10815-10822, 2014.

OLIVEIRA, D. P.; KUMMROW, F. Poluentes da Atmosfera. In: OGA, S.; et al. Fundamentos de Toxicologia. 3 ed., São Paulo. Atheneu, 2008.

OLIVEIRA, J.; et al. Microbial contamination and purification of bivalve shellfish: Crucial aspects in monitoring and future perspectives – A minireview. Food Control, v. 22, p. 805-816, 2011.

PACHECO, M.; SANTOS, M.A. Biotransformation, genotoxic, and histophatological effects of environmental contaminants in European eel (Anguilla Anguilla L.). Ecotoxicology and Environmental Safety, v.53, p.331-347, 2002.

PEREIRA, A. R. B; FREITAS, D. A. F. Uso de microorganismos para biorremediação de ambientes impactados. Rev Elet.Gestão, Eduação e Tecnologia Ambiental, v.6, p.975-1006, 2012.

PHAM, Vy.T., et al. On the interaction between fluoxetine and lipid membranes: effect of the lipid composition. Spectrochim. Acta A Mol. Biomol. Spectrosc. 191, 50–61, 2018.

SARKAR, A., et al. Molecular Biomarkers: their significance and application in marine pollution monitoring. Ecotoxicology, 15(4): 333-340, 2006.

SODRÉ, F.F; GRASSI, M.T. Changes in copper speciation and geochemical fate in freshwaters following sewage discharges; Water Air Soil Poll; v. 178; p. 103-112, 2007.

VAZ, K. V.; FREITAS, M. M.; CIRQUEIRA, J. Z. Investigação Sobre a Forma de Descarte de Medicamentos Vencidos, Brasília: Cenarium Pharmacêutico, 2011. Disponível em: < http://www.unieuro.edu.br/sitenovo/downloads/cenarium_04_14.pdf 07/01/2016>. Acesso em: 27 jun. 2020.

WALKER, C., H. et al. Principles of ecotoxicology. 2ª ed. Taylors & Francis. 2004.

ZORITA, I. et al. Assessment of biological effects of environmental pollution along the NW Mediterranean Sea using ed mullets as sentinel organisms. Environmental Pollution, v.153, p. 157-168, 2008.

Publicado

2020-11-16

Como Citar

Silva, E. G. da S. G., & Colla, M. C. C. R. T. R. (2020). Invertebrados marinhos como biomarcadores de fármacos. Scientific Electronic Archives, 14(5), 79–84. https://doi.org/10.36560/14520211278

Edição

Seção

Ciências Biológicas