Dermatofitose em cães e gatos: uma revisão e ocorrência no hospital veterinário da Universidade Federal Rural da Amazônia
DOI:
https://doi.org/10.36560/15820221576Palavras-chave:
dermatologia, diagnóstico, epidemiologia, felinos domésticosResumo
A Dermatofitose caracteriza-se como infecção fúngica em tecidos queratinizados, como pele, unhas e pelos. Nos animais domésticos, os sinais comumente encontrados são lesões circulares, alopecia, crostas, escamas e prurido. O diagnóstico da doença é feito por meio do histórico do animal, exame físico, microscopia e cultura fúngica. Acomete cerca de 4 a 15% dos cães, mais de 20% dos gatos, e por se tratar de uma antropozoonose e que cerca de 30% das infecções em humanos são de origem zoonótica, representa também um risco potencial para as pessoas. O principal agente transmitido a seres humanos é o M.canis, sendo considerado um dos agentes zoonóticos mais comumente encontrados no âmbito veterinário. Portanto, essa revisão tem como objetivo principal abordar os aspectos da doença e relatar as amostras encaminhadas do Hospital Veterinário Mário Dias Teixeira (HOVET) – UFRA/ Belém - PA, pararealização de cultura fúngica a fim de estabelecer o diagnóstico de dermatofitoses em cães e gatos entre o período de janeiro de 2019 e janeiro de 2022, levando em consideração a proporção cão e gato e o principal agente patogênico encontrado nas amostras.
Referências
ACHTERMAN, R.R.; WHITE, T.C. Dermatophytes. Curr Biol., v.23, n. 13, p.R551-2, 2013.
ANDRADE, V.; ROSSI, G.A.M. Dermatofitose em animais de companhia e sua importância para a Saúde Pública–Revisão de Literatura. Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal: RBHSA, v. 13, n. 1, p. 142-155, 2019.
AVANTE, M.L.; CAMPOS, C.P.; MARTINS, I.S.; ROSA, B.R.T.; SOUZA, G.D.P.; AVANZA, M.F.B. Dermatofitose em grandes animais. Revista Cientifica Eletrônica de Medicina Veterinaria, Ano VII, n. 12, p.4-5, janeiro de 2009.
BALDA, A.C.; LARSSON, C. E.; OTSUKA, M; GAMBALE, W.Estudo retrospectivo de casuística das dermatofitoses em cães e gatos atendidos no Serviço de Dermatologia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Acta Scientiae Veterinariae, v. 32, n. 2, p. 133-140, 2004.
BEBER, M.C.; BREUNIG, J.A. Prurido em região frontal da cabeça. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, v. 2, n. 1, p. 24-25. 2012
BIER, D.; DE FARIAS, M.R.; MURO, M.D.; SONI, L.M.F; CARVALHO, V.O.; PIMPÃO, C.T. Isolamento de dermatófitos do pelo de cães e gatos pertencentes a proprietários com diagnóstico de dermatofitose. Archives of Veterinary Science, v. 18, n. 1, 2012.
Birchard SJ, Sherding RG. Manual Saunders e clínica de pequenos animais. SãoPaulo: Roca; 2008. p.
Bourguignon E, Guimarães LD, Ferreira TS, Favarato ES. Dermatology in dogs andcats[Internet]. London: Insights from Veterinary Medicine; 2013 [citado 31 março 2022]. Disponível em: https://www.intechopen.com/books/insights-from-veterinary-medicine/dermatology-in-dogs-and-cats
CAFARCHIA, C.; ROMITO, D.; SASANELLI, M.; LIA, R.; CAPELLI, G.; OTRANTO, D. The epidemiology of canine and feline dermatophytoses in southern Italy. Mycoses, v. 47, n. 11‐12, p. 508-513, 2004.
Cardoso NT, Frias DFR, Kozusny-Andreani DI. Isolamento e identificação de fungos presentes em pelos de cães hígidos e com sintomas de dermatofitose, no município de Araçatuba, São Paulo. Archives of Veterinary Science, v.18, n.3, p.46-51, 2013.
CHAVES, L.J.Q. Dermatomicoses em cães e gatos: avaliação do diagnostico clínico laboratorial e dos aspectos epidemiológicos em uma popula9ao de portadores de lesões alopecicas circulares. Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias), Universidade Estadual do Ceara, Faculdade de Veterinária, Fortaleza, 2007.
CHERMETTE, R.; FERREIRO, L.; GUILLOT, J. Dermatophytosis in animals. Mycopathologia, v.166, n.5-6, p.385-405, 2008.
CORNEGLIANI, L.; PERSICO, P.; COLOMBO, S. Canine nodular dermatophytosis (kerion): 23 cases. Veterinary Dermatology, v. 20, n. 3, p. 185-190, 2009.
DA SILVA CARVALHO, R.L.; PESSANHA, L.D.R. Relação entre famílias, animais de estimação, afetividade e consumo: estudo realizado em bairros do Rio de Janeiro. Revista Sociais e Humanas, v. 26, n. 3, p. 622-637, 2013.
DEGREEF, H. Clinical forms of dermatophytosis (ringworm infection). Mycopathologia, v. 166, n. 5-6, p. 257, 2008.
FARIAS, M.R.; CONDAS, L.A.Z.; BIER, D.Avaliação do estado de carreador assintomático de fungos dermatofíticos em felinos (Felis catus–linnaeus, 1793) destinados à doação em centros de controle de zoonoses e sociedades protetoras de animais. Veterinária e Zootecnia, v. 18, n. 2, p. 306-312, 2011.
FRIAS, D.F.R.; KOZUSNY-ANDREANI, D.l. Utilização de extratos de plantas medicinais e óleo de eucaliptus no controle in vitro de microsporum canis. Revista Cubana de Plantas Medicinales, v.15, n.3, p. 19-125, 2010.
GIUMELLI, R.D.; SANTOS, M.C.P. Convivência com animais de estimação: um estudo fenomenológico. Revista da Abordagem Gestáltica: Phenomenological Studies, v. 22, n. 1, p. 49-58, 2016.
HNILICA, K.A.; PATTERSON, A.P. Dermatologia de Pequenos Animais: Atlas Colorido e Guia Terapêutico. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018, 633p.
LOPES, C.A.; DANTAS, W.M.F. Dermatofitose em cães e gatos – Revisão de literatura. Revista Cientifica Univiçosa, v.8, n.1, p. 1-7, 2016.
LOPES, C.A.; FAUSTO, M.C.; DANTAS, W.F. COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO DE DERMATÓFITOS: CULTURA CONVENCIONAL E CULTURA RÁPIDA COM DERMATOBAC. ANAIS SIMPAC, v. 10, n. 1, 2019.
MACHADO, M. L. da S.; APPELT, C. E.; FERREIRO, L. Dermatófitos e leveduras isolados da pele de cães com dermatopatias diversas. Acta Scientiae Veterinariae, v.32, n.3, p. 225-232, 2004
NEVES, R.C.S.M.; DA CRUZ, F.A.C.S; LIMA, S.R.; TORRES, M.M; DUTRA, V.; SOUSA, V.R.F. Retrospectiva das dermatofitoses em caes e gatos atendidos no Hospital Veterinario da Universidade Federal de Mato Grosso, nos anos de 2006 a 2008. Ciencia Rural, v.41, n.8, p. 1-6, 2011.
MADRID, I.M.; GOMES, A.D.R; MATTEI, A.S.; SANTIN, R.; CLEFF, M.B.; FARIA, R.O.; MEIRELES, M.C.A. Dermatofitose neonatal canina por Microspomm gypseum. Veterinária e Zootecnia. v.19, n.1, p.073-078,2012.
MATTEI, M.V. Diagnóstico de Dermatofitose em Pequenos Animais: Um Estudo Retrospectivo na Região do Rio Grande do Sul. Especialização em análises clinínicas, FACULDADE DE VETERINÁRIA, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, p.30, 2009.
MILLER, W.H.; GRIFFIN, C.E.; CAMPBELL, K.L. Muller and Kirk's Small Animal Dermatology. 7ª ed. Elsevier Health Sciences, 2013, 948p.
MORIELLO, K. A. Treatment of dermatophytosis in dogs and cats: review of published studies. Veterinary Dermatology, Oxford, v.15, n. 2, p. 99-107, 2004.
MORIELLO, K. Feline dermatophytosis: Aspects pertinent to disease management in single and multiple cat situations. Journal of Feline Medicine and Surgery, v.16, n.5, p.419-431, 2014.
MORIELLO, K.A.; COYNER, K.; PATERSON, S.; MIGNON, B. Diagnosis and treatment of dermatophytosis in dogs and cats. Clinical Consensus Guidelines of the World Association for Veterinary Dermatology. Veterinary Dermatology, v. 28, n. 3, p. 266-268, 2017.
MUKHERJEE, P.K.; LEIDICH, S.D.; ISHAM, N.; LEITNER, I.; RYDER, N.S.; GHANNOUM, M.A. Clinical Trichophyton rubrum strain exhibiting primary resistance to terbinafine. Antimicrobial Agents and Chemotherapy, Austria, v. 47, n. 1, p. 82-86, Jan. 2003.
NWEZE, E.I. Dermatophytoses in domesticated animals. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, v. 53, n. 2, p. 94-99, 2011.
PATERSON, S. Dermatophytosis: an update. Companion Animal, v. 22, n. 5, p. 248-253, 2017.
PERDONCINI, M.G. Microbiologia dos fungos. p. 16-18, 2009
PINHO, R.; MONZÓN, M. F.; SIMÕES, J. Dermatologia Veterinária em Animais de Companhia: (I) A pele e seus aspectos relevantes na prática clínica. 2013. 24 p. Disponível em: http://veterinaria.com.pt/media/DIR_27001/VCP5-1-2-e2.pdf. Acesso em: 31 março. 2022
RAMSEY, I.K.; TENNANT, J.R.B. Manual de doenças infecciosas em cães e gatos. Sao Paulo: Roca, 2010
REIS-GOMES, A.; MADRID, I.M.; MATOS, C.B.; TELLES, A.J.; WALLER, S.B.; NOBRE, M.O.;
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Scientific Electronic Archives
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A revista se reserva o direito de fazer alterações nas regras originais, na ortografia e na ordem gramatical, a fim de manter o idioma de culto padrão, respeitando, no entanto, o estilo dos autores. Os artigos publicados são de propriedade da revista Scientific Electronic Archives, tornando-se sua reimpressão total ou parcial, sujeitos à autorização expressa da direção da revista. A fonte original da publicação deve ser mantida. Os originais não serão devolvidos aos autores. As opiniões expressas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
The journal reserves the right to make changes to the original rules, spelling and grammatical order, in order to keep the language of worship default, respecting, however, the style of the authors. Articles published are the property of Scientific Electronic Archives magazine, becoming its total or partial reprint, subject to the express authorization of the direction of the journal. The original source of publication should be retained. The originals will not be returned to the authors. Opinions expressed by authors of articles are solely your responsibility.
This journal uses the License Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.