Pré-natal tardio: motivos e intervenções de enfrentamento na Atenção Primária à Saúde.
DOI:
https://doi.org/10.36560/16620231727Palavras-chave:
Cuidado Pré-Natal, Efeitos Tardios da Exposição Pré-Natal, Atenção Primária à SaúdeResumo
A gravidez é uma experiência marcante na vida da mulher. É um período em que estão presentes grandes níveis de incerteza, ansiedade, medo, insegurança e expectativa. Embora seja um processo fisiológico, está cercado de valores culturais, sociais e emocionais. Objetivo: Reconhecer os fatores que levam as gestantes a iniciarem o pré-natal tardio. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, tendo como base de dados a Biblioteca Virtual em Saúde e suas indexações Lilacs e Medline período de 2012 a 2022, com os descritores “pré-natal”, “tardio”, “precoce” e “atenção primária à saúde”, de forma combinada, sendo selecionados os trabalhos que tratavam dos motivos que levavam as gestantes a não iniciar o pré-natal de forma precoce. Resultados e discussão: Foram encontrados cinco trabalhos nessas bases de dados que atendiam os critérios da pesquisa. Os dados obtidos nos trabalhos levantados evidenciam algumas condições que podem estar relacionadas ao início tardio do pré-natal. Os fatores levantados associados ao início tardio do pré-natal foram: atendimento por Unidades Básicas de Saúde no lugar de Unidades Saúde da Família; a cor da pele, renda, escolaridade e a negativa ou demora no agendamento de exames. Conclusão: A condição econômica é um dos fatores que influenciam no início tardio do pré-natal, fazendo com que mulheres que vivem em situações de fragilidade desfavoráveis e dependem do governo para realizar o pré-natal possuem maior risco de terem intercorrências durante a gravidez. Tal fato ressalta a importância de consultas nas unidades de saúde de alta qualidade, preferencialmente vinculadas à Estratégia Saúde da Família, garantindo um pré-natal seguro.
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