Resumo
O grande desenvolvimento e evolução da produção da avicultura brasileira ocorrido nos últimos anos proporcionou a elevação do índice de sua produção, resultando em um significativo desempenho no cenário nacional e internacional da indústria agropecuária. Por outro lado, problemas relacionados aos insetos-praga no aviário, como é o caso do Alphitobius diaperinus, conhecido popularmente como “cascudinho”, são considerados fatores limitantes a produção. O presente trabalho buscou avaliar os efeitos bioinseticidas do pó do mastruz (Chenopodium ambrosioides L.) em diferentes doses no controle do A.diaperinus. Para avaliar estes efeitos, bioensaios de eficiência e repelência foram conduzidos. A eficiência do pó de mastruz foi estudada nas doses de 0,0; 0,5; 0,75 e 1,0 g/cm2 e em quatro períodos de avaliação (7, 14, 21 28 dias), no Laboratório de Fitossanidade do CDSA/UFCG. Foram utilizados recipientes plásticos de 6 x 5 cm (30 cm2), simulando-se as características da cama dos aviários, onde utilizou-se o pó de mastruz (base do recipiente) e casca de arroz (2cm de altura) na camada acima. Sobre as camadas de mastruz e arroz adicionou-se a ração de frango para alimentação de A.diaperinus. Em seguida, em cada unidade experimental foram colocados 30 insetos. No primeiro bioensaio a eficiência de controle do pó de mastruz foi calculada pelo método de Abbott (1925). Os dados foram submetidos à Análise de Variância pelo teste F (P≤0,05) e as médias (Öx+0,5) comparadas pelo teste de Tukey (P≤0,05). O segundo bioensaio avaliou o potencial dos produtos em repelir adultos de A.diaperinus, utilizando-se para isto recipientes de madeira com três compartimentos (com e sem mastruz) de 6 x 6 cm (36 cm2), contendo 10 repetições. No centro do dispositivo liberou-se 30 insetos adultos e após 24 horas, registrou-se o número de insetos atraído ou repelidos pelo mastruz em cada recipiente. Para análise do efeito do mastruz sobre A.diaperinus foi utilizado- se o índice de repelência (IR) e análise de regressão polinomial. De acordo com os resultados, pode-se concluir que o pó de mastruz a 1,0 g/cm2 foi a dose mais eficiente, com valores de eficiência de 69,29% aos 7 dias e 98,46% aos 28 dias. Verificou-se que o IR obtido para os tratamentos foram < 1, indicando que todas as doses testadas são consideradas repelentes ao A.diaperinus.