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Ciências Agrárias
Publicado: 2024-10-22

Diferentes formas de aplicação de Azospirillum brasilense na cultura do feijão comum

Universidade Federal de Mato Grosso - Campus de Sinop
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Feijão carioca inoculante biológico bactérias diazotróficas

Resumo

Plantas de feijão podem ter seu desenvolvimento estimulado através da associação com bactérias promotoras do crescimento de plantas, como por exemplo as bactérias do gênero Azospirillum, No entanto, a forma de aplicação e a dose de inoculante bacteriano utilizado podem interferir nos resultados. Objetivo do trabalho foi verificar a influência da forma de aplicação, foliar ou na semente, de diferentes doses de Azospirillum, no desenvolvimento do feijão carioca. Foi realizado um experimento em telado, coberto com plástico transparente e no entorno cercado por sombrite, pertencente ao Viveiro da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Sinop. O solo foi coletado do subsolo na reserva de mata da UFMT/ Sinop, (Latossolo Vermelho Escuro Distrófico, camada de 20-40 cm). O solo foi seco ao ar, peneirado em peneira de 4 mm e autoclavado (40 minutos a 121ºAtm). A calagem e adubação foi realizada em função da análise de fertilidade do solo. Foram utilizadas para a semeadura sementes de feijão carioca ANfc9. Os tratamentos foram constituídos por diferentes doses de Azospirillum brasilense (inoculante líquido comercial contendo a estirpe Ab-V5 com concentração 1x108 UFC/mL), sendo as aplicações realizadas sobre as sementes na semeadura e via foliar no estádio vegetativo V3. Sendo constituídos dos seguintes tratamentos: T1 - Inoculação na semente (0 mL/25 kg de semente); T2 - Inoculação via foliar em V3 (0 mL/25 kg de semente); T3 - Inoculação na semente (250 mL/25 kg de semente); T4 - Inoculação via foliar em V3 (250 mL/25 kg de semente); T5 - Inoculação na semente (500 mL/25 kg de semente);  T6 - Inoculação via foliar em V3 (500 mL/25 kg de semente );  T7 - Inoculação na semente (750 mL/25 kg de semente);  T8 - Inoculação via foliar em V3 (750 mL/25 kg de semente);  T9 - Inoculação na semente (1000 mL/25 kg de semente); T10 - Inoculação via foliar em V3 (1000 mL/25 kg de semente). O delineamento experimental foi de blocos casualizados (DBC) com 10 tratamentos e 4 blocos. O teor de clorofila foi avaliado aos 13, 34 e 40 dias após a semeadura. O experimento foi conduzido até o início do período reprodutivo (estádio R5), quando as plantas foram coletas e avaliados: o diâmetro do caule, a altura da planta, o comprimento dos entrenós, a área foliar e o acúmulo de massa seca da parte aérea e da raiz. A forma de aplicação do inoculante não interferiu no desenvolvimento das plantas. A massa seca da parte aérea foi positivamente influenciada pelo aumento da dose de inoculante contendo Azospirillum brasilense aplicado nas plantas de feijão.

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Como Citar

Wasmuth, A. T., Versari, L. R., Pereira, K. G. S., Moura, J. V. B. de, Sabino, D. C. C., & Pereira, C. S. (2024). Diferentes formas de aplicação de Azospirillum brasilense na cultura do feijão comum. Scientific Electronic Archives, 17(6). https://doi.org/10.36560/17620241997