Ir para o conteúdo principal Ir para o menu de navegação principal Ir para o rodapé
Scientific Electronic Archives
Ciências Agrárias
DOI: 10.36560/14520211274
Enviado: 2020-10-05
Publicado: 2020-11-05

Efeito do extrato de Ascophyllum nodosum na germinação de sementes de couve em diferentes temperaturas

Universidade Federal da Fronteira Sul
Universidade Federal da Fronteira Sul
Universidade Federal da Fronteira Sul
Universidade Federal da Fronteira Sul
Alga marrom Brassica oleraceae var acephala condicionamento fisiológico

Resumo

A temperatura é um fator que interfere diretamente na capacidade germinativa de sementes. Com as elevações de temperaturas ocasionadas pelo aquecimento global, assim como em situações de cultivo protegido de plantas em ambientes tropicais e subtropicais, é necessário estudar procedimentos que possam contribuir para aumento da tolerância a temperaturas que causam estresse e alteração em processos fisiológicos. Desta forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do condicionamento fisiológico de sementes de couve com diferentes doses de extrato da alga marrom Ascophyllum nodosum na germinação e crescimento de plantas em diferentes temperaturas. Realizou-se o experimento em delineamento experimental inteiramente casualizado, com esquema fatorial 2 x 4 (temperaturas x doses), com cinco repetições. Os tratamentos consistiram das doses de 0; 0,25; 0,50; 1,0 ml. L-1 de extrato da alga marrom Ascophyllum nodosum. O efeito dos tratamentos foi avaliado por meio de: porcentagem e velocidade de germinação, comprimento e massa seca da parte aérea e de raízes de plântulas, em condições de temperatura ideal (20°C) e de estresse (30°C). O condicionamento de sementes de couve com extrato da alga marrom Ascophyllum nodosum não interfere na germinação de sementes, tanto em condição ideal quanto em temperatura elevada (30°C); o condicionamento de sementes de couve com as doses de 0,67 e 0,25 mL.L-1, promove maior crescimento de raízes de plântulas, nas temperaturas de germinação de 20 e 30°C, respectivamente, contudo, não promove incrementos no crescimento de parte aérea e no acúmulo de massa seca total de plântulas.

Referências

  1. BEDINI, A., MERCY, L., SCHNEIDER, C., FRANKKEN, P., LUCIC-MERCY, L. Unraveling the Initial Plant Hormone Signaling, Metabolic Mechanisms and Plant Defense Triggering the Endomycorrhizal Symbiosis Behavior. Frontiers in Plant Science, vol.9, pag. 1-28, 2018.
  2. BEWLEY, J.D., BRADFORD, K., HILHORST, H.; NONOGAKI, H. Seeds: physiology of development, germination and dormancy. 3rd ed. New York: Springer, 2013. 392p.
  3. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília, DF: MAPA/ACS, 2009a. 395p.
  4. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Manual de Análise
  5. Sanitária de Sementes. Brasília, 2009b. 202p.
  6. CHOJNACKA K., SAEID, A., WITKOWSKA, Z., TUHY, L. Biologically active compounds in seaweed extracts—the prospects for the application. The Open Conference Proceedings Journal, vol.3, n.1, p.20–28, 2012.
  7. CHUNTHABUREE, S., SANITCHON, J., PATTANAGUL, W., THEERAKULPISUT, P. Alleviation of salt stress in seedlings of black glutinous rice by seed priming with spermidine and gibberellic acid. Notulae Botanicae Horti Agrobotanici, vol. 42, n.2, p.405–413, 2014.
  8. DOTTO, L.; SILVA, V.N. Beet seed priming with growth regulators. Semina: Ciencias Agrarias, vol. 38, p.1785–1798, 2017.
  9. DUTTA, S.K., LAYEK, J., AKOIJAM, R.S., BOOPATI, T., VANLALHMANGAIHA, S.S., SING, S.B., PRAKASH, N. Seaweed extract as natural priming agent for augmenting seed quality traits and yield in Capsicum frutescens L. Journal of Applied Phycology, vol.31, p.3803–3813, 2019.
  10. FERREIRA, R.L.; FORTI, V.A., SILVA, V.N., MELO, S.C. Temperatura inicial de germinação no desempenho de plântulas e mudas de tomate. Ciência Rural, vol.43, n.7, p.1189-1195, 2013.
  11. HAMZA, B. SUGGARS, A. Biostimulants: myths and realities. TurfGrass Trends, vol. 8, p.6–10, 2001.
  12. IBRAHIM, E.A. Seed priming to alleviate salinity stress in germinating seeds. Journal of Plant Physiology, vol. 192, p.38–46, 2016.
  13. LIU, J., HASANUZZAMAN, M., WEN, H., ZHANG, J., PENG, T., SUN, H., ZHAO, Q. High temperature and drought stress cause abscisic acid and reactive oxygen species accumulation and suppress seed germination growth in rice. Protoplasma, vol. 256, p.1217–1227, 2019.
  14. MA, H.Y., ZHAO, D.D., NING, Q.R., WEI, J.P., WANG, M.M., LIU, X.L., JIANG, C.J., LIANG, Z.W. A Multi-year Beneficial Efect of Seed Priming with Gibberellic Acid-3 (GA3) on Plant Growth and Production in a Perennial Grass, Leymus chinensis. Nature Scientific Reports, vol.8, p.1-8, 2018.
  15. MAGUIRE, J. D. Speed of germination aid in selection and evaluation for seeding emergence and vigor. Crop Science, vol. 2, n. 2, p. 76-177, 1962.
  16. MAL, D., VERMA, J., LEVAN, A., REDDY, M.R., AVINASH, A.V., VELAGA, P.K. Seed Priming in Vegetable Crops: A Review. International Journal of Current Microbiology and Applied Sciences, vol. 8, n. 06, p. 868-874, 2019.
  17. MATOS, A.C.B., BORGES, E.E.L., SILVA, L.J. Fisiologia da germinação de sementes de Dalbergia nigra (vell.) allemão ex benth) sob diferentes temperaturas e tempos de
  18. Exposição. Revista Ãrvore, vol.39, n.1, p.115-125, 2015.
  19. MASKOVA, T.; HERBEN, T. Root: shoot ratio in developing seedlings: How seedlings change their allocation in response to seed mass and ambient nutrient supply. Ecology and evolution, vol. 8, n.14, p. 7143–7150, 2018.
  20. NAKAGAWA, J. Testes de vigor baseados no crescimento de plântulas. In: VIEIRA, R.D.; CARVALHO, N.M. de. Testes de vigor em sementes. Jaboticabal: FUNEP. p. 164,1999.
  21. PANDEY, P., BHANUPRAKASH K. Effect of Seed Priming on Seed Germination and Vigour in Fresh and Aged Seeds of Cucumber. International Journal of Environment, Agriculture and Biotechnology, vol. 2, n.4, p. 2261- 2264, 2017.
  22. PAPARELLA, S., ARAUJO, S.S., ROSSI, G., WIJAYASINGHE, M., CARBONERA, D., BALESTRAZZI, A. Seed priming: state of the art and new perspectives. Plant Cell Reports, vol.34, p.1281–1293, 2015.
  23. POUITOT, A., CRABOS, A., PETRIK, I., NOVAK, O., KROUK, G., LACOMBE, B., RUFFEL, S. Responses to Systemic Nitrogen Signaling in Arabidopsis Roots Involve trans-Zeatin in Shoots. The Plant Cell, Vol. 30: 1243–1257, 2018.
  24. SHU, K., LIU, X.D., XIE, Q., HE, Z.H. Two Faces of One Seed: Hormonal Regulation of Dormancy and Germination. Molecular Plant, vol. 9, p.34–45, 2016.
  26. SHER, A., SARWAR, T., NAWAZ, A., IJAZ, M., SATTAR, A., AHMAD, S. Methods of seed priming. In: HASANUZZAMAN, M.; FOTOPOULOS, V. (ORGS). Priming and pretreatement of seeds and seedlings-implication in plant stress tolerance and enhancing productivity of crops. Singapore: Springer. 2019. p.20-29.
  27. SIVRITEPE, H.; SIVRITEPE, N. Organic seed hydration-dehydration techniques improve seedling quality of organic tomatoes. Notulae Botanicae Horti Agrobotanici, vol.44, n.2, p. 399-403, 2016.
  28. SORGATTO, P. K.; SILVA, V. N. Embebição de sementes de salsa com Ascophyllum nodosum: efeitos na germinação e crescimento de plântulas sob estresse térmico. Acta Biológica Catarinense, vol. 5, p.98-106, 2018.
  29. VISHAL, B., KUMAR, P.P. Regulation of Seed Germination and Abiotic Stresses by Gibberellins and Abscisic Acid. Frontiers in Plant Science, vol.20, p.1-15, 2018.
  30. WALLY, O. S. D., CRITCHLEY, A. T., HILTZ, D., CRAIGIE, J. S., HAN, X., ZAHARIA, L. I. Regulation of phytohormone biosynthesis and accumulation in Arabidopsis following treatment with commercial extract from the marine macroalga Ascophyllum nodosum. Journal of Plant Growth Regulation, vol. 32, p.324–339, 2013.

Como Citar

Ternus, F. L., Tortelli, B., Milanesi, P. M., & Silva, V. N. (2020). Efeito do extrato de Ascophyllum nodosum na germinação de sementes de couve em diferentes temperaturas. Scientific Electronic Archives, 14(5), 29–34. https://doi.org/10.36560/14520211274