Ir para o conteúdo principal Ir para o menu de navegação principal Ir para o rodapé
Ciências Agrárias
Publicado: 2021-11-29

Atributos físico-químicos e bioquímicos de melancia vermelha e amarela minimamente processada, durante o armazenamento

Universidade do Estado de Mato Grosso - Campus Tangará da Serra
Universidade do Estado de Mato Grosso - Campus Tangará da Serra
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Universidade do Estado de Mato Grosso – Campus Nova Mutum
Universidade do Estado de Mato Grosso – Campus Nova Mutum
Citrullus lanatus, processamento mínimo, embalagens, compostos bioativos, conservação

Resumo

Objetivo de ampliar o conhecimento e atender as novas demandas do mercado por alimentos minimamente processados, este trabalho se propôs avaliar a influência de diferentes embalagens nos atributos físico-químicos e bioquímicos e conservação pós-colheita de melancias, cv. Smile (polpa de coloração vermelha) e Champagne (polpa de coloração amarela) minimamente processada. Foram realizados dois ensaios realizados simultâneos, um avaliando melancia de polpa de coloração amarela e outra de polpa de coloração vermelha minimamente processadas em diferentes embalagens (bandejas de poliestireno expandido revestida (15 x 15cm) de filme flexível de policloreto de vinila (PVC) (12μm de espessura), bandejas de poliestireno expandido revestida (15 x 15cm) sem filme, sacos plásticos (compostos por polietileno e nylon com cinco camadas e espessura de 0.15 a 0.18 micra) embaladas a vácuo e pote embalagem rígida de polietileno tereftalato (PET) com tampa acoplada, com capacidade de 500mL) ,  e tempos de armazenamento (0, 2 e 4 Dias após armazenamento - DAA). Sendo o primeiro fator as embalagens e o segundo fator os tempos de armazenamento, com três repetições. Verificou-se que o tempo de armazenamento e o tipo de embalagem influenciaram na manutenção dos atributos físico-químicos nas melancias Smile e Champagne. Em uma visão global desses parâmetros de qualidade (pH, sólidos solúveis, acidez titulável e ratio), podemos inferir que os frutos da melancia Smile minimamente processados, quando in natura (0 DAA) ou quando mantidos em bandeja sem cobertura por até quatro dias sob armazenamento refrigerado (2 e 4 DAA), a melancia Smile apresentou maior conteúdo de licopeno e β-caroteno, sobretudo os frutos mantidos em bandeja sem cobertura de filme plástico, para ambos compostos. A perda de água dos frutos durante o armazenamento, provavelmente foi fator ponderante para o acúmulo de alguns destes compostos estudados.

Referências

  1. AGOSTINI, J. DA S.; CÂNDIDO, A.C. DA S.; TEODÓSIO, T.K.C.; RODRIGUES, J.N.; GARCETE, G.J.; SCALON, S. DE P.Q. Atmosfera modificada e condições de armazenamento nas características físico-químicas de jabuticabas da cultivar ‘paulista’. Ciência Rural, Santa Maria, v.39, p.2601-2608, 2009.
  2. ALMEIDA MLB; SILVA GG; ROCHA RHC; MORAIS PLD; SARMENTO JDA. 2010. Caracterização físico-química de melancia 'quetzali' durante o desenvolvimento. Revista Caatinga 23: 2831.
  3. ALMEIDA, D. P. F. 2003. Melancia. Faculdade de Ciências, Universidade do porto. 2003. Disponível em:<http://www.dalmeida.com/hortnet/Melancia.pdf>. Acesso em: 10 mai. 2020.
  4. ALVES, M. A.; SOUZA, A. C. M. S.; GAMARRA-ROJAS, G.; GUERRA, N. B. Fruto de palma Opuntia ficus-indica (L) MILLER, Cactaceae: Morfologia, composição química, fisiologia, índices de colheita e fisiologia pós-colheita. Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha, México, v. 9, p. 16-25, 2008.
  5. ARAÚJO NETO, S. E.; HAFLE, O. M.; GURGEL, F. L.; MENEZES, J. B.; DA SILVA, G. G. Qualidade e vida útil pós-colheita de melancia Crimson Sweet, comercializada em Mossoró. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 4, n. 2, p. 235-239, 2000.
  6. AUMONDE et al. Enxertia, produção e qualidade de frutos do híbrido de mini melancia smile. R. Bras. Agrociência, Pelotas, v.17, n.1-4, p.42-50, jan-mar, 2011.
  7. CARNELOSSI, M.A.G.; SILVA, E.O.; CAMPOS, R.S.; SOARES, N.F.F.; MINIM, V.P.R.; PUSCHMANN, R. Conservação de folhas de couve minimamente. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.4, n.2, p.149-155, 2002
  8. CARVALHO, P.G.B; MACHADO, C.M.M; MORETTI, C.L; FONSECA, M.E.N. Hortaliças como alimentos funcionais. Horticultura Brasileira 24: 397-404. 2006.
  9. CHISHOLM, D. N., PICHA, D. H., Effect of storage temperature on sugar and organic acid contents of watermelon. HortScience 21, 1031–1033. 1986.
  10. CHITARRA, M. F. I.; CHITARRA, A. B. 2005. Pós-Colheita de frutos e hortaliças: fisiologia e manuseio. 2. ed. Lavras: UFLA, 785p.
  11. COSTA, N. D.; LEITE, W. M. Manejo e Conservação do solo e da água: Potencial agrícola do solo para o cultivo da melancia. Barreiras, BA. 2007. Disponível em:< https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/159191/1/OPB1322.pdf>. Acesso em 22 maio. 2020.
  12. DIAS, R. C. S.; RESENDE, G. M.; Socioeconomia. In: DIAS, R. C. S; RESENDE, G. M. (org.). Sistema de produção de melancia. 2010. Disponível em: <http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Melancia/SistemaProducaoMelancia/socioeconomia.htm>. Acesso em: 29 mai. 2020.
  13. FARIAS BARRETO, C.; HOFMANN, J. F.; ILONE DAMBROS, J.; RADMANN, E. B.; VALMOR ROMBALDI, C. Qualidade de fatias de melancia armazenadas sob refrigeração e atmosfera modificada. Revista Iberoamericana de Tecnología Postcosecha, vol. 17, núm. 2, 2016, pp. 288-295.
  14. FERRARI, G. N. et al. A cultura da melancia. Universidade de São Paulo USP, p. 35,
  15. FILGUEIRA, F. A. R. Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. 3. ed. Viçosa, MG: UFV, 2008. 421 p.
  16. FILGUEIRAS, H.A.C.; MENEZES, J.B.; ALVES, R.E.; COSTA, F.V. da; PEREIRA, L. de S.E.; GOMES JÚNIOR, J. Colheita e Manuseio Pós-Colheita. In: Melão. Pós-Colheita / Fortaleza, CE: Embrapa Agroindústria Tropical. Brasília: Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia, 2000. 43p. (Frutas do Brasil, 10).
  17. GIL. M. I.; AGUAYO.; KADER, A. A. Quality changes and nutrient retention in fresh-cut versus whole fruits during storage. J Agric Food Chem 54:4284–4296 (2006).
  18. GOMES JUNIOR, J.; MENEZES, J.B.; NUNES, G.H.S.; COSTA, F.B.; SOUZA, P.A. 2001.Qualidade pós-colheita do melão tipo cantaloupe, colhido em dois estádios de maturação. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 19, n. 3, p. 223-227.
  19. GOMES, F. S. Carotenóides: uma possível proteção contra o desenvolvimento de câncer. Revista de Nutrição, Campinas, v. 20, n. 5, p. 537-548, 2007.
  20. GRANGEIRO, L.C.; CECÍLIO FILHO, A.B. Características de produção de frutos de melancia sem sementes em função de fontes e doses de potássio. Horticultura Brasileira, Brasília, v.24, n.4, p.450-454, 2006.
  21. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Produção Agrícola 2018. Disponível em:<https://sidra.ibge.gov.br/tabela/5457#resultado>. Acesso em: 20 de maio de 2020.
  22. LEÃO, D. S; PEIXOTO, J. R; VIEIRA, J. V. Teor de licopeno e de sólidos solúveis totais em oito cultivares de melancia. Biosci. J., Uberlandia, v.22, n.3, p.7-15, Sept/Desc. 2006.
  23. MALGARIM, M. B.; CANTILLANO, R. F. F.; COUTINHO, E. F. Sistemas e condições de colheita e armazenamento na qualidade de morangos cv. Camarosa. Revista Brasileira de Fruticultura, v.28, p.185-189, 2006.
  24. MATTIUZ, B.; DURIGAN, J. F.; ROSSI JUNIOR, O. D. Processamento mínimo em goiabas 'Paluma' e 'Pedro Sato': 2. Avaliação química, sensorial e microbiológica. Ciência Tecnologia de Alimentos, Campinas, v.23, n.3, p.409-413, 2003.
  25. MELO, B.; SILVA, C. A.; ALVES, P. R. B. Processamento mínimo de hortaliças e frutas. Disponível em: <http://www.fruticultura.iciag,ufu.br/pminimo.htm>. Acesso em: 15 de maio 2020.
  26. MIGUEL, A.C.A.; DIAS, J.R.P.S.; SPOTO, M.H.F. 2007. Efeito do cloreto de cálcio na qualidade de melancias minimamente processadas. Horticultura Brasileira, v. 25, p. 442-446.
  27. MOREIRA, R. C. Processamento mínimo de tangor ‘Murcott’: caracterização fisiológica e recobrimentos comestíveis. 2004. 84p. Dissertação (Mestrado), Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, 2004.
  28. MORETTI, C. L. Manual de processamento mínimo de frutas e hortaliças. Brasília, DF: Embrapa Hortaliças; SEBRAE, 2007. 531 p.
  29. PAULA, N. R. F. Caracterização da qualidade físico-quimica e microbiológica de produtos minimamente processados comercializados em gôndolas de supermercados. 2006. 94 p. Dissertação (Mestrado em Ciência dos Alimentos) Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG.
  30. PERKINS-VEAZIE, P.; COLLINS, J. K. Flesh quality and lycopene stability of fresh-cut watermelon. Postharvest Biology and Technology 31 (2004) 159–166.
  31. PESTANA, V. R.; ZAMBIAZI, R. C.; MENDONÇA, C. R.; BRUSCATTO, M. H.; LERMA-GARCIA, M. J.; RAMIS-RAMOS, G. Journal of the American Oil Chemists' Society, v.85, p.1013, 2008.
  32. PINTO, D. M. Qualidade de produtos minimamente processados comercializados em diferentes épocas do ano. 2007. 116 p. Dissertação (Mestrado em Ciência dos Alimentos) - Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2007.
  33. RAMOS ARP; DIAS RCS; ARAGÃO CA. Densidades de plantio na produtividade e qualidade de frutos de melancia. Horticultura Brasileira 27: 560-564. 2009.
  34. ROSA, O. O. Microbiota associada e produtos hortículas minimamente processados comercializados em supermercados. 2002. 202 p. Tese (Doutorado em Ciência dos Alimentos) – Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG.
  35. RUSHING, J. W., FONSECA, J. M., KEINATH, A. P. Harvesting and postharvest handling. In: Maynard, D. (Ed.), Watermelons: Characteristics, Production, and Marketing. Am. Soc. Hort. Sci. Press, Alexandria, VA 22314, 2001.
  36. RUSHING, J. W.; FONSECA, J.M.; KEINATH, A.P. Harvesting and postharvest handling. In D. N. Maynard (Ed.), Watermelons: Characteristics, production, and marketing. Alexandria, VA: ASHS Press, p.156-164, 2001.
  37. SEYDI YIKMIŞ. Sensory, physicochemical, microbiological and bioactive properties of red watermelon juice and yellow watermelon juice after ultrasound treatment. Journal of Food Measurement and Characterization. (2020) 14:1417–1426.
  38. SOLIVA-FORTUNY, R. C.; MARTI´N- BELLOSO, O. New advances in extending the shelf-life of fresh-cut fruits: a review. Trends Food Sci. Technol. 2003, 14, 341-353.
  39. SOUZA, P.A.; AROUCHA, E.M.M; SOUZA, A.E.D. DE; ANDRÉA RFC DA COSTA; FERREIRA, G. DE S.; NETO, F.B. Conservação pós-colheita de berinjela com revestimentos de fécula de mandioca ou filme de PVC. Horticultura Brasileira, v.27, 2009.
  40. TACO. Tabela brasileira de composição de alimentos. 4.ed. Campinas: NEPAUNICAMP, 2011.
  41. TARAZONA-DÍAZ, M.P.; VIEGAS, J.; MOLDAOMARTINS, M.; AGUAYO, E. Bioactive compounds from flesh and by-product of fresh-cut watermelon cultivars. Journal of the Science of Food and Agriculture, v.91, p.805-812, 2010.
  42. UENOJO, M.; MARÓSTICA-JÚNIOR, M.R.; PASTORE, G.M. Carotenoides: propriedades, aplicações e biotransformação para formação de compostos de aroma, Química Nova, São Paulo, v.30, p.616-622, 2007.
  43. VANNUCCHI, H; ROCHA, M. M. Ácido ascórbico (vitamina C). Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes, 2012.
  44. VIEIRA, M.C.S. Investigação dos compostos bioativos em tomates (Lycopersicon esculentum L.) após processamento térmico. Dissertação, Pós-graduação Agronomia (Horticultura) – FCA, 2016.
  45. WANG, J. WANG, J. YE, S. K. VANGA, V. Raghavan, Food Control 96, 128 (2019).
  46. WANG, Y.; WYLLIE, S.G.; LEACH, D.N. Chemical changes during the development and ripening of the fruit of Cucumis melo (Cv. Makdimon). Journal Agricultural Food Chemistry, Washington, DC, v. 44, p.210-216, 1996.
  47. YIKMIŞ, S. SENSORY. physicochemical, microbiological and bioactive properties of red watermelon juice and yellow watermelon juice after ultrasound treatment. Food Measure 14, 1417–1426 (2020). https://doi.org/10.1007/s11694-020-00391-7.
  48. ZAGORY, D. What modified atmosphere packaging can and can’t do for you. ANNUAL POSTHARVEST CONFERENCE & TRADE SHOW, 16. 2000. Washington State University, Yakima Convention Center. Anais… Washington State University, 2000
  49. ZOHARY, D.; HOPF, M.; WEISS, E. Domestication of Plants in the Old World: The origin and spread of domesticated plants in Southwest Asia, Europe, and the Mediterranean Basin. [s.l.] Oxford University Press on Demand, 2012.

Como Citar

Dal Mora , M. R. ., Rocha, R. R. ., Diamante , M. S. ., Guedes , S. F. ., & Seabra Júnior , S. . (2021). Atributos físico-químicos e bioquímicos de melancia vermelha e amarela minimamente processada, durante o armazenamento. Scientific Electronic Archives, 14(12). https://doi.org/10.36560/141220211455